Ricardo Mário Gonçalves

Pesquisa: Vittoria Sampaio

O professor Ricardo Mário Gonçalves cursou História na Universidade de São Paulo (USP) e se tornou Doutor e Live-Docente desta mesma universidade. Sua dedicação acadêmica na USP se focou no ensino e à pesquisa nas áreas de História Antiga, História do Extremo-Oriente e História da Franco-Maçonaria, áreas estas, em que orientou teses e dissertações. O professor também foi missionário budista da Associação Religiosa Numbei Honganji Brasil Betsuín, foi pesquisador do Instituto Budista de Estudos Missionários e membro de outras tantas sociedades científicas nacionais e internacionais. Também foi autor de livros, artigos e traduções de livros de caráter budista e de cultura japonesa, livros estes, que são listados aqui.  O interesse por cultura japonesa marcou toda a vida de Ricardo. O professor conviveu com a comunidade dos imigrantes para aprender a falar, ler e escrever a língua japonesa, isto ainda criança e adolescente. Adulto, o professor viajou para o Japão para poder dialogar com intelectuais acadêmicos e monges budistas. Lecionou por décadas, vindo a falecer em 6 de setembro de 2021.

Fonte: Albuquerque, Leila Marrach Basto de. ‘Entrevista com Ricardo Mário Gonçalves, pesquisador brasileiro da cultura japonesa’. Revista Nures- n.8, Pontifícia Universidade Católica (USP), São Paulo, 2008. 

Referências

A Ética Budista e o Espírito Econômico do Japão. São Paulo, Editora Elevação, 2007. 

Textos budistas e zen-budistas. São Paulo: Cultrix, 1995.

As flores do dharma desabrocham sob o Cruzeiro do Sul: aspectos dos vários “budismos” no Brasil. REVISTA USP, São Paulo, n.67, p. 198-207, 2005.

A religião no Japão na época da emigração para o Brasil e suas repercussões em nosso país. Revista de História, [S. l.], v. 39, n. 80, p. 359-377, 1969. 

Shugendo, a religião das montanhas. Centro de Estudos Japoneses-Usp, Universidade de São Paulo, 1992. 

Adivinhação e as origens do pensamento científico na China. Classica - Revista Brasileira De Estudos Clássicos, 4(4), 67–80, 1991.

Adaptação de uma religião oriental ao brasil: o budismo. Anais, São Paulo: Departamento de Línguas Orientais-Fflch-Usp, 1990. 

Budismo japonês no brasil: reflexões de um observador participante. Sinais dos Tempos: Diversidade Religiosa No Brasil. Tradução, Rio de Janeiro: Iser, 1990. 

Questão da escravidão na Índia Antiga: a propósito de uma passagem da Índia de Arriano. Anais. São Paulo: Sbph, 1989.

Introdução do budismo no Japão. Revista do Centro de Estudos Japoneses, 1988. 

Relendo o lun-chou-i. Bom Amigo, 1988. 

Apocalipse budista sino-indiano do século IV: o fa-mieh-chin-ching (sutra da extensão da lei). Anais, São Paulo: Sbph, 1988.

Tragedia de Zenran. Bom Amigo, 1988.

Inquisição e terapias populares no Brasil. Anais, São Paulo: FFLCH, 1987.

Olhar distante sobre a inquisição: Tsuneo Morishima, historiador japonês da ciência. Anais, Lisboa: Sociedade Portuguesa de Estudos do Seculo XVIII, 1987. 

A busca do transcendente na experiência humana. Leia, 1986.

Neste momento, em que as relações entre o Brasil e o Japão são mais estreitas.. [Prefácio]. Japonês para brasileiros. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1986.

Ilustre desconhecido: Genshin. Leia, 1985.

As bases da estética chinesa. Leia. São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 1985.

Historiador da decadência no Japão medieval: Jien (115-1225). Anais, São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 1985.

A concepção do poder real no budismo Mahayana: um estudo das ideias políticas do grande "Sukhavati-Vyuha". 1985, Anais, São Paulo: SBPH, 1985.

Marco polo do oriente imaginário ao oriente real. Leia, 1985.

Uma obra de ética econômica budista do japão pré-industrial: estudo sobre o Banmin Tokuyô de Suzuki Shôsan (1579-1655). Tese (Livre Docência) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1977. 

Considerações sobre o culto de Amida no Japão medieval: um exemplo de consciência histórica no budismo japonês. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 1971.